A história acima está registrada no livro de João 4:1-42, e nos mostra que a partir daquele encontro grandes transformações aconteceriam na vida daquela samaritana
Preconceito racial – No versículo 7 Jesus pede água à mulher mesmo sabendo que ela se tratava de uma samaritana, pois os judeus não falavam com os samaritanos por considerarem um povo impuro. Aquele pedido deixa a mulher atônita, como um judeu poderia lhe pedir água?
Jesus veio para quebrar as barreiras de todo preconceito. Aquela mulher se encontrava na prática de coisas erradas, era descendente e vivia no meio de um povo idólatra, mas Jesus enxergava ali uma verdadeira adoradora, alguém que precisava apenas que lhe fosse mostrada a verdade.
Cegueira espiritual – Versículo 10 Jesus responde aquela mulher que se ela conhecesse o dom de Deus, e quem estava pedindo água, ela teria pedido e ele lhe teria dado água da vida. Disse a mulher: “O senhor não tem como tirar a água, e poço é fundo. Onde pode conseguir essa água vida?”
Ela não conseguia enxergar que estava diante da própria fonte da água viva, ela ainda questiona: “Acaso o senhor é maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu? Pobre senhora, tão arraigada nos costumes dos seus antepassado, que deixava sua visão embotada. E, hoje? Quantas pessoas ainda se mantém fiéis a conceito errados do passado, crendices, terços e tolices. Quantas ainda vão buscar matar a sua sede em fontes erradas, sujas, águas que contaminam, matam mais do que saciam a sede.
“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4:4
“Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.” Salmo 115:1-8
Quebra de maldição – Versículo 17 Ele lhe disse: “Vá, chame o seu marido e volte”. “Não tenho marido”, respondeu ela. Disse-lhe Jesus: “Você falou corretamente dizendo que não tem marido. O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é o seu marido. O que você acabou de dizer é verdade.”
Havia na vida daquela mulher uma maldição, provavelmente tinha filhos, mas nunca teve marido, talvez relacionamentos rompidos pelo peso da maldição de separação. Quantas famílias hoje não estão e são destruídas a todo instante, laços matrimoniais rompidos, filhos sem pais, pais adúlteros. Certamente a samaritana teve um oportunidade de confessar seus erros, talvez não tenha sido fácil pra ela expor sua intimidade, mas, aquilo foi a cura da ferida aberta. Eu creio que ali satanás perdeu as forças na vida dela, naquele instante ao abri sua boca e dizer que nunca teve um marido, o ciclo foi interrompido, a maldição de solteirice foi descontinuada.
Religiosidade – Versículo 20 “Nosso antepassado adoravam neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.”
Onde devemos adorar a Deus? Como devemos adorá-lo? A mulher tinha como referência de adoração o monte, se não fosse no monte, pra ela Deus não aceitava sua adoração. O próprio Jesus responde: Vs 23-24 “No entanto está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, São este os adoradores que o Pai procura”.
Naquele momento Jesus quebrava o jugo da religiosidade, um peso demasiadamente grande e insuportável que muitos tem carregado nos ombros. Deus é espírito e importa que nós o adoremos em espírito e em verdade. Muitos estão presos a vestes, locais, rituais, maneiras, gestos mecanicamente ensaiados para adorar a Deus, e muitas vezes perdem a oportunidade de adorar verdadeiramente.
Deixando o cântaro – Versículo 28 Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo:”
Depois do encontro com Jesus aquela mulher se encontrava extasiada, a alegria é tamanha que ela deixa para trás o cântaro, aquele pesado objeto de barro de tantos anos sendo carregado nos ombros, lhe causando fadiga, dor e sofrimento, agora era esquecido. Algumas pessoas também tem carregado cântaro durante toda sua vida, são tantos os cântaros: Idolatria “pagamento de promessas que não tem fim” – Jesus já pagou o preço ali na cruz do calvário; A falta de perdão; Desonestidade – Alguns tem enchido o cântaro da desonestidade, sempre procurando dá um jeitinho de “subir” na vida mais rápido; Prostituição; Adultério; Avareza; Rebeldia, etc. Todas essas coisas são fardos muitos pesados.
Jesus disse àquela mulher: “Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. Em outras palavras Ele estava dizendo: Você não precisa mais carregar esse cântaro, hoje eu te livro do peso dele, basta você querer, a decisão é sua.
Aquela mulher samaritana provavelmente era desacreditada, talvez fosse motivo de escárnio, talvez ninguém naquela cidade respeitasse ela, mas, depois do encontro com Cristo tudo mudou: O seu aspecto mudou, a sua voz mudou, ela agora tinha um brilho radiante. Foi tão radical a mudança que ela influenciou a vida de outras pessoas, no versículo 42 encontramos a seguinte declaração dos habitantes daquele lugar: “E disseram à mulher: Agora cremos não somente por causa do que você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador do mundo”. Oh! Glórias! Ela agora anunciava o evangelho de Cristo Jesus, livre do cântaro tinha se tornado uma evangelista.
Hoje é dia de salvação, amém!
Aldrin Sena